Wednesday, March 02, 2005

4º Capítulo

Consequência lógica de se estar bem
Passam os dias e o mal vem
Não é como dizem as pessoas
Depois da tempestade vem a bonança
A realidade é outra
Depois da bonança chega a tempestade

Esta é que é a minha realidade
Não que o meu mundo hoje
Esta mal ou inferiorizado
Bem pelo contrário
Ser hoje está animado

Só a reflexão mundial me destrói
Só guerras, fome e pragas
O fim do mundo está próximo
Se não natural
Humanamente é real

Coloca-te no lugar de alguém
Vê as coisas como ele vê
Vá segue o meu bom conselho
Agora abre os olhos
O que vês
Exactamente
Guerras, fome e pragas
É a mesma destruição em todo o mundo
Não existe ninguém que veja a beleza
A beleza natural dos seres
Dos não seres de tudo
É isto que faz falta

Torna-te eremita do sonho
Aí refugias-te
Mas será o sonho refúgio?
Aí poderá chegar a natureza maligna dos homens
E destruir-te-á os sonhos bons
Matando infantes e tudo
Tudo à sua volta

Música aí está o refugio
Cinema não ou sim
Pensando bem
Tudo tem o lado bom e o lado violento
Tudo é bivalente
Tudo é ambíguo
Absolutamente tudo

Ai minha mãe
Só me saem duques e cenas tristes
O mundo é só um
Contra seis biliões de seres minguados
Que sempre optimizam o estrago

Mas claro as pessoas sabem
Sabem deste ser inóspito
Que é o mundo
Sabem da doença dele
Mas preocupam-se?
Não
É o dinheiro, é o poder
Admito que o poder é um vício
E o dinheiro traz poder

Mas seria tudo melhor sem eles
Não me pensem anárquico
Talvez até seja anárquico
Com um bocadinho de loucura
Que exija uma revolução
Aos seres banais que regem
Que regem o ser enfermo

Uma vez mais
À procura do novo mundo
Reflectido na escrita humana
Já é normal
Apesar de estar farto
Desta complexidade humana
A verdade é que
É crua e nua
É isto e disto não passa

Mas eu sei
Sei que o mundo é mais importante
Que nós
Mas ninguém pensa assim
Ou poucos pensam
Eu pensava e penso
Mas a verdade é que este
Modo de viver
Não traz muitos benefícios
Nós é que temos de importar
Nós primeiro
Aí é que vamos vencer
Nesta sociedade podre
Competitiva como tudo

É nesta sociedade
Que o mal nasce
Logo à partida somos comparados
Somos competidores
Foi dado o sinal de partida
E é onde os menos rápidos
Irão ser dobrados e ultrapassados

É esta competição maligna
Que emborca os seres humanos
Na cerveja, no stress
Onde por fim sairão todos derrotados

E todos cairão
Ao som das trombetas
Todas as sete
Celestes trombetas
Caracóis e lebres
Tudo irá cair
Com a ira do ser
Ser que é
Ser vida
Ser existente ou não
Mas que é real.

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